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eu acordo  e tomo  alguma coisa que  me faça viver o dia de hoje
as coisas nao mudaram, somente as doses
somente os dias passaram, 
mais nada
em frente à janela  eu vejo o tempo
balançando as folhas das arvores
de um mato, que balança as folhas  com o vento
uma saudade  presente, nao há nuvem no céu
e o silencio dizendo que a vida é assim mesmo
não deixei de ser o que sou, não deixei de fazer o que faço
tudo é o mesmo  a  décadas
e no entanto, a décadas  as coisas mudam,
eu vejo as coisas  mudarem da minha janela
talvez estejamos mesmo girando no universo
meu coração. talvez  nada  importe realmente.

da janela  enfrente as arvores que balançam com o vento
eu vejo muita coisa passa, fazer uma linha, 
olhar o filme, que nao tem edição, e tentar a certar na próxima cena,


ao vivo! é um risco. acho que é o risco que todos correm.

com amor

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