Recitava:“Sou um pouco são Francisco das imagens, não falei com os animais, mas extrai dos homens o melhor e o pior, e neste caso, perdoei a todos, mesmo quando minha 'Leica' colhia instantes de atroz ferocidade”. 
Mesmo sem querer ser, Henri Cartier-Bresson, foi um ícone da geração de ouro do fotojornalismo no começo de 1930, um Mozart da fotografia, encerrou sua carreira em 1973, para dedicar-se à pintura.Foi prisioneiro de guerra em 1940. Assistente de direção de três filmes de Renoir, amigo do surrealismo e dos artistas carregava sua câmera, uma Leica, como se fosse uma amante, um bloco de notas. Enquadrava com tensa emoção. Estilo autoral documentava e interpretava os fatos. Sua obra começou, com vocação a aventuras, em 1931.

Desgastes do tempo e da realidade. Seus temas mais conhecidos: os últimos dias da Revolução Chinesa (1949), Índia de Ghandi (incluindo a morte do líder), dia-a-dia, e viagens pela Itália, México, EUA. Fotografava com discrição “um gato que não incomoda”. Esteticamente correto, subordinava à documentação e ao caráter humanista. Fundou a Magnum, em 1947, dona do acervo fotográfico mais significativo da historia do século XX, ao lado de jornalistas como Robert, Capa e David “Chim” Seymour (ceifados nas coberturas das guerras de Suez e Indochina), “aventureiros movidos à ética” era como definia o grupo.