01 .
um lobo em pele de ovelha
Um lobo malvado devorou duas ovelhas de um camponês que, por causa disso, ficou com apenas uma, a mais raquítica. Seus amigos resolveram, então, ajudá-lo na caça ao maldito animal.
Muitos dias se passaram sem que ninguém achasse o lobo. O tempo foi passando e os amigos acabaram esquecendo o fato.
Numa noite, o camponês ouviu um estranho ruído no quintal de sua casa c viu o mesmo lobo se aproximando da única ovelha que possuía. Pegando sua espingarda, aluou no animal, mas não acertou.
Alguns dias depois, encontraram no sítio do vizinho uma ovelha morta. O camponês tirou sua pele e a guardou.
O tempo passava, mas ninguém encontrava o lobo que, após suas bravatas, se refugiava cm tocas que ninguém conseguia localizar.
O camponês teve uma idéia: construir uma armadilha para pegá-lo. Cavou um valo e amarrou sua ovelha perto da fossa coberta de folhas. E ficou escondido para não ser percebido pela fera.
De madrugada, ele viu aproximar-se o lobo que vinha em direção à ovelha.
Ao pisar nas folhas amontoadas, o lobo caiu no fundo da fossa e de lá não conseguia sair. Com a ajuda dos vizinhos, o camponês caçou a fera, amarrou-a um tronco de árvore depois de cobrir com a pele da ovelha, que havia guardado. Uma semana depois, voltou para ver o que havia acontecido. E o que viu foi só o esqueleto do lobo.
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02.
O filho de general
Há séculos, existiu um exército poderoso, chefiado por um general muito famoso. Ele era muito valente e ganhou todas as guerras das quais participou. O general tinha um filho de doze anos e o incentivava aos estudos e ao amor à pátria. Para o menino, o general era um herói e um amigo que ele admirava muito.
O país viveu poucos anos em paz, e agora surgia uma nova batalha. O general, depois de pensar muito, encontrou uma maneira de atacar o inimigo. Para isso, precisou ir para longe de casa. Depois de alguns dias, cinco homens invadiram a casa do general e perguntaram ao menino onde estava seu pai. O menino respondeu que havia visto o general na noite anterior. Mas os homens quiseram saber como e onde, O menino respondeu:
- Vi meu pai ontem à noite, em meu quarto.
- Então, ele está nessa casa, disse um dos ho
mens.
- Não sei, respondeu o menino, pois ele en
trou em meu quarto enquanto eu dormia e saiu
também enquanto eu dormia, sem que eu acordasse.
Os inimigos, muito nervosos, pensaram que o menino estivesse brincando e queriam levá-lo embora como castigo. O garoto, vendo que os homens não acreditavam nele, explicou;
- Senhores, vi meu pai em sonhos, nada mais
que isso.
Os inimigos foram embora c o general pôde voltar para sua casa, sentindo muito orgulho de sru pequeno rapaz.
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3.
A TERRA DAS DELÍCIAS
Heliodoro era um menino muito peralta e, um dia, recebeu um castigo de seu professor. Muito triste Heliodoro foi para a floresta, onde ficou muitas horas.
Dois anõezinhos que passavam por ali, falaram com ele e, sabendo que estava triste, o levaram com eles para a terra das delícias e ali o menino se sentiu muito feliz.
Comida e doces gostosos não faltavam.
Depois, os anões o levaram ao castelo onde foi muito bem recebido pelo rei que gostou muito dele e o convidou para morar no castelo.
Ali, ele teria tudo c seria uma ótima companhia ao príncipe, o menino filho do rei.
Heliodoro, que já era feliz na companhia dos anões, ficou ainda mais feliz, morando naquele lindo castelo e tendo o príncipe como seu novo amigo.
O príncipe tinha lindos brinquedos para os dois brincarem e Heliodoro podia ainda ir visitar sua mãe todas as vezes que quisesse.
Um dia, Heliodoro pegou um brinquedo do príncipe e, sem ninguém ver, saiu do castelo, levando-o para a sua casa.
Quando se aproximava de sua casa, os dois anões apareceram e tiraram o brinquedo de suas mãos.
Heliodoro, por ter pego aquilo que não era seu sem permissão, nunca mais pôde voltar ao castelo
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4.
A Mula sem cabeça
Uma mulher maldosa, vendo uma mula pastando, pensou em arrancar o rabo dela. Ao pegar o rabo do animal, recebeu um coice e foi jogada 40m longe.
Mesmo levando um tombo, a mulher não se incomodou e, em seguida, entrou no sítio de Seu Altino, pisoteando verduras e quebrando muitos pés de laranja plantados.
Seu Altino ficou tão aborrecido, que até chorou, vendo sua horta toda pisoteada. Mas a mulher, que só fazia mal aos outros, foi à casa de Dona Olga, uma vizinha e, pela janela da cozinha, encheu de sal as panelas que estavam no fogo, estragando com isso a comida para o almoço.
Mas mesmo com todas as maldades que ela fazia, o pessoal da redondeza percebeu sua falta porque haviam passado muitos dias e a mulher não aparecia. Souberam, então, que ela estava muito doente e resolveram ir visitá-la. Mas, quando alguém batia em sua porta, ela gritava lá de dentro:
- Vão embora, se não irei pôr fogo em suas casas.
Ninguém mais viu aquela mulher porque ela não pôde mais sair de casa, nem da cama.
O tempo foi passando e vieram dias de vento e frio até que, um dia, a casa desabou.
A mulher que era muito maldosa, se arrependeu de todo o mal que havia feito e teve o poder de se transformar em uma mula sem cabeça.
Até hoje, ela passeia à noite e tem o poder assustar a todos os que pensam em fazer o mal.
5.
A raposa e o javali
Um javali que, por mais de uma hora, afiava seus dentes em uma árvore, não sabia que estava sendo visto por uma raposa que estava muito bem escondida.
Sem poder controlar sua curiosidade, a raposa saiu do esconderijo e chegou-se ao javali para perguntar o que ele fazia, cheirando o tronco daquela árvore durante tanto tempo.
Com muita astúcia, ela começou a conversar com o javali, perguntando primeiro como ia a sua família.
O javali, desconfiado, passou a fazer perguntas à raposa sobre certas ciladas que ela preparara para diversos colegas da inala:
- Comadre raposa, ouvi dizer que, para você se livrar de perigos, enganou colegas nossos, deixando-os em má situação. Você ludibriou uma pobre cabra, convidando-a para se refrescar do calor, entrando no pântano. - Eu sei que você faz
tudo isso porque é inteligente, não é?
- Bem, meu amigo, eu sou inteligente e é esta a arma que me permite vencer. - Mas agora, gostaria de saber o que você faz nesta árvore.
- Estou afiando meus dentes, disse o javali eles são minha arma,
que me permite quebrar qualquer armadilha.
- Com eles estou preparado
até para bichos inteligentes como você.
A raposa, ouvindo aquilo, entendeu o recado e saiu na maior disparada, deixando o javali sossegado, afiando seus dentes.
6.
A pata dos ovos de ouro
Um homem muito ganancioso tinha algumas galinhas que botavam um ovo, cada uma, todos os dias. Inesperadamente, duas galinhas começaram a botar dois ovos, por dia, cada uma.
O homem vendeu as demais e só comprava galinhas que botassem dois ovos por dia, pois essas comiam o mesmo tanto de ração das que botavam apenas um e, dessa forma, ele teria o dobro de lucro.
Além das galinhas, quis também comprar patas, pois muitas pessoas procuravam ovos de pata para comprar.
Procurando encontrar alguma pata que botasse dois ovos por dia, comprou três. Mas, como duas botaram somente um ovo, vendeu-as logo.
A terceira ficou porque não havia botado nem um ovo, mas no dia seguinte, a surpresa que a pata nova fez a ele, quase o matou de emoção: botara um ovo de ouro.
O homem, beijou a pata e corria para todos os lados com o ovo de ouro. Sua alegria era tanta, que às vezes parava, pensando estar sonhando. E desse dia em diante, não quis mais vender ovos nem a galinha, pois calculava ficar rico em pouco tempo.
Passado algum tempo, pensou em fazer a pata botar dois ovos, pois sua ganância aumentara. como ela punha somente um, mandou fazer uma magia nela. Só que a pobre pata morreu.
O homem ganancioso teve que ficar mesmo com as suas antigas galinhas que recomprou, mesmo que só botasse um ovo por dia.
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