28.11.10

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         VINHO



EVOLUCAO  E  SAUDE
RIAD     YOUNES
AÇÃO   DO   TEMPO
ENZIMAS PODEM RETARDAR ENVELHECIMENTO
PARECE UM SONHO.
Passar a vida degustando um bom vinho, e viver muitos anos para degus­tar ainda mais vinho. Essa é a pro­messa feita por um grupo de pes quisadores da Universidade de Harvard, nos EUA. O dr. K.T. Ho-witz e colaboradores publicaram recentemente, na prestigiosa revis­ta Nature, um interessante estudo que avaliou o poder de alguns com-ponenLes do vinho tinto em pro­longar a vida... de fungos. E conse­guiu. Em experimento muito ele gante, demonsfrou que uma subs­tância presente no vinho tinto, o resveratrol, foi capaz de prolongar a vida média dos fungos em
0 mecanismo de ação dessa subs­tância parece se concenLrar em ativar intensivamente urna enzi­ma, a Sio, relacionada à estabili­zação do código genético nas cé­lulas, o DNA.
ELIXIR. Vinho tinto prolonga a vida... de fungos
Aumentos na atividade dessa enzima estão relacionados à redu­ção do declínio funcional típico da velhice. Mais interessante ain­da é a constatação, em outros es­tudos previamente publicados, que os polifenóis (resveratrol é um polifenol) protegem contra a osLeoporose e o envelhecimento do músculo cardíaco. Os dados desses estudos recentes sugerem que o estímulo das enzimas pode não somente retardar o envelhe­cimento celular, mas também permitir uma qualidade de vida melhor com menos problemas de saúde. Se o resveratrol vai funcio­nar nos humanos, isso ninguém sabe. Mas as chances são grandes, e os pesquisadores estão procu­rando os efeitos dos polifenóis so­bre a saúde. Somente como dica, polifenóis são encontrados em chás, frutas e verduras, e não so­mente em vinhos.
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PREVENÇÃO
MAIS FATORES DE RISCO DE ENFARTE

   Quantos de nós nõa conhecemos uma pessoa que de repente, sem aviso prévio e, ao que parece, sem fatores de risco identificáveis, amanhece inter­nada na unidade de terapia intensiva de um hospital, vítima de um infarto do co­ração? A impressão de que muitos dos enfartados e dos doentes cardiovascula­res não tinham nenhum risco elevado para tamanha tragédia sempre rondou os médicos. Vários deixaram de valori­zar a presença ou não de dicas para o ris­co, estimando que 50% ou mais dos doentes com infarto não tinham ne­nhum sinal de alerta. E estavam errados. Um estudo extenso, publicado na re­vista New England Journal of Medicine pelo dr. P. Greenland e seus colabora­dores, avaliou a prevalência dos falores e risco em pessoas com problemas cardiovasculares graves, como infarto ou angina. Incluíram no estudo um nú­mero imenso de pessoas (386.915) ob­servadas e seguidas por 21 a 30 anos consecutivos. Os fatores de risco estu­dados foram: diabetes, colesterol total (> 240 mg%), hipertensão arterial (pres­são acima de 14 x 9) e consumo de ta­baco. A maioria absoluta (87% a 100%) dos pacientes que tiveram infarto do coração apresentou pelo menos um dos fatores de risco supracitados.
Baseados nos dados desse estudo, os pesquisadores sugerem fortemente que todos os fatores de risco tenham de ser levados em consideração na avaliaçao clínica do risco cardíaco indivi­dual. Sugerem, ainda, que a prevenção do desenvolvimento de níveis eleva­dos de colesterol, obesidade, hiperten­são e fumo, além de um controle rigo­roso da diabetes, deva merecer atenção muito maior do que lhe é dada na atualidade. Concentrar a atenção somente no colesterol não é justificável se esti­vermos seriamente engajados na luta contra a epidemia das doenças cardio­vasculares. Um outro estudo realizado em 122.458 pessoas, publicado na mes­ma revista, e realizado pelo dr. U. Khot, confirmou os mesmos resultados e chegou às mesmas conclusões.
“Não sou jovem o suficiente para saber tudo”
OSCAR WILDE



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