.. VINHO EVOLUCAO E SAUDE RIAD YOUNES AÇÃO DO TEMPO ENZIMAS PODEM RETARDAR ENVELHECIMENTO PARECE UM SONHO. Passar a vida degustando um bom vinho, e viver muitos anos para degustar ainda mais vinho. Essa é a promessa feita por um grupo de pes quisadores da Universidade de Harvard, nos EUA. O dr. K.T. Ho-witz e colaboradores publicaram recentemente, na prestigiosa revista Nature, um interessante estudo que avaliou o poder de alguns com-ponenLes do vinho tinto em prolongar a vida... de fungos. E conseguiu. Em experimento muito ele gante, demonsfrou que uma substância presente no vinho tinto, o resveratrol, foi capaz de prolongar a vida média dos fungos em 0 mecanismo de ação dessa substância parece se concenLrar em ativar intensivamente urna enzima, a Sio, relacionada à estabilização do código genético nas células, o DNA. ELIXIR. Vinho tinto prolonga a vida... de fungos Aumentos na atividade dessa enzima estão relacionados à redução do declínio funcional típico da velhice. Mais interessante ainda é a constatação, em outros estudos previamente publicados, que os polifenóis (resveratrol é um polifenol) protegem contra a osLeoporose e o envelhecimento do músculo cardíaco. Os dados desses estudos recentes sugerem que o estímulo das enzimas pode não somente retardar o envelhecimento celular, mas também permitir uma qualidade de vida melhor com menos problemas de saúde. Se o resveratrol vai funcionar nos humanos, isso ninguém sabe. Mas as chances são grandes, e os pesquisadores estão procurando os efeitos dos polifenóis sobre a saúde. Somente como dica, polifenóis são encontrados em chás, frutas e verduras, e não somente em vinhos. **** PREVENÇÃO MAIS FATORES DE RISCO DE ENFARTE Quantos de nós nõa conhecemos uma pessoa que de repente, sem aviso prévio e, ao que parece, sem fatores de risco identificáveis, amanhece internada na unidade de terapia intensiva de um hospital, vítima de um infarto do coração? A impressão de que muitos dos enfartados e dos doentes cardiovasculares não tinham nenhum risco elevado para tamanha tragédia sempre rondou os médicos. Vários deixaram de valorizar a presença ou não de dicas para o risco, estimando que 50% ou mais dos doentes com infarto não tinham nenhum sinal de alerta. E estavam errados. Um estudo extenso, publicado na revista New England Journal of Medicine pelo dr. P. Greenland e seus colaboradores, avaliou a prevalência dos falores e risco em pessoas com problemas cardiovasculares graves, como infarto ou angina. Incluíram no estudo um número imenso de pessoas (386.915) observadas e seguidas por 21 a 30 anos consecutivos. Os fatores de risco estudados foram: diabetes, colesterol total (> 240 mg%), hipertensão arterial (pressão acima de 14 x 9) e consumo de tabaco. A maioria absoluta (87% a 100%) dos pacientes que tiveram infarto do coração apresentou pelo menos um dos fatores de risco supracitados. Baseados nos dados desse estudo, os pesquisadores sugerem fortemente que todos os fatores de risco tenham de ser levados em consideração na avaliaçao clínica do risco cardíaco individual. Sugerem, ainda, que a prevenção do desenvolvimento de níveis elevados de colesterol, obesidade, hipertensão e fumo, além de um controle rigoroso da diabetes, deva merecer atenção muito maior do que lhe é dada na atualidade. Concentrar a atenção somente no colesterol não é justificável se estivermos seriamente engajados na luta contra a epidemia das doenças cardiovasculares. Um outro estudo realizado em 122.458 pessoas, publicado na mesma revista, e realizado pelo dr. U. Khot, confirmou os mesmos resultados e chegou às mesmas conclusões. “Não sou jovem o suficiente para saber tudo” OSCAR WILDE |
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